O que ‘e isso? O período que vai de zero a seis anos: traumas grandes ou leves, mas contínuos, que, a longo prazo, degradam a saúde mental dos pequenos. Como isso acontece?
As experiencias negativas rotineiras que a criança ainda não consegue dar conta, como: a violência física e verbal, abuso sexual, negligência, falta de afeto e desnutrição até hábitos mais naturalizados, como cobrança exagerada, agenda repleta de atividades e excesso de tempo em frente à tela.
A estrutura mental e construção das sinapses , ocorrem nesse per’iodo. As conexões entre neurônios, por onde circulam os impulsos nervosos, responsáveis por manter memórias e consolidar hábitos. Esses impulsos nervosos traduzem, em eletricidade no cérebro, as emoções e as experiências do dia a dia.
Só que situações adversas e sucessivas estimulam a produção duradoura de cortisol, hormônio que prejudica as conexões entre neurônios. A longo prazo, isso danifica o desenvolvimento do cérebro nos primeiros anos de vida e altera até mesmo os sistemas neuroendócrino (hormônios) e límbico (emoções) e a região frontal (disciplina, atenção, foco e planejamento. O estresse tóxico também está relacionado ao aumento do risco para problemas de comportamento (dificuldades em aprender e memorizar, concentrar-se, ter disciplina) e para transtornos como autismo, ansiedade, obsessivo-compulsivo (TOC), hiperatividade e déficit de atenção (TDAH), depressão, esquizofrenia e dependência de drogas e álcool.
E os problemas não se encerram no cérebro: conforme artigo publicado em 2017 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cresce o risco de diabetes, pressão alta, doenças pulmonares, autoimunes e no coração, além de acidentes vasculares encefálicos. Quer saber mais sobre o assunto, vamos conversar em família, entre em contato.