As redes sociais revolucionaram a forma como nos conectamos — e para os profissionais da saúde, tornaram-se ferramentas poderosas para levar informação, acolhimento e suporte além dos consultórios. Hoje, estar presente nesses ambientes digitais não é mais opcional. É uma extensão do cuidado, uma forma de estar disponível para quem precisa, quando precisa. Porém, com esse alcance vêm responsabilidades enormes. Cada post, cada história, cada interação digital reflete sua postura profissional e influencia a confiança que o público deposita em você.
Como já disse David Aaker, um dos maiores especialistas em branding:
“Sua marca é uma promessa para o cliente; se a sua comunicação não for clara e verdadeira, essa promessa é quebrada.”
Na saúde, essa promessa é cuidar com ética, respeito e conhecimento, e isso precisa estar evidente na sua presença digital.
Philip Kotler, pai do marketing moderno, nos lembra que:
“Marketing é o processo social por meio do qual as pessoas obtêm aquilo de que necessitam e desejam, criando e oferecendo valor.”
No ambiente digital da saúde, isso significa produzir conteúdo que não só informe, mas eduque com responsabilidade e empatia.
Cada rede social tem suas particularidades e, por isso, exige uma estratégia e cuidados específicos:
- Instagram: Plataforma visual que privilegia imagens e vídeos curtos. Ideal para compartilhar dicas rápidas, depoimentos e histórias que criem conexão emocional. Mas atenção: simplificações excessivas podem prejudicar a informação técnica. É necessário equilíbrio entre leveza e rigor científico.
- Facebook: Rede de alcance amplo, ainda fundamental para grupos de suporte e comunidades. Aqui, o profissional pode construir espaços seguros para troca de experiências e esclarecimento, sempre respeitando o sigilo e as normas éticas.
- YouTube: Espaço para vídeos mais longos e aprofundados. Excelente para explicar temas complexos, dar aulas, ou mostrar práticas seguras. A clareza, a transparência e a responsabilidade são fundamentais para manter a confiança do público.
- TikTok: Plataforma de vídeos curtos, muito popular entre públicos jovens e mães recentes. Um canal para educar de forma criativa, com linguagem acessível — mas cuidado com a superficialidade que pode gerar desinformação.
- LinkedIn: Rede profissional que ajuda a construir autoridade, fazer networking e divulgar serviços com foco em colegas e instituições da saúde. É o espaço para fortalecer sua reputação ética e técnica.
- Google Ads: Ferramenta de divulgação paga que, quando usada com estratégia, pode ajudar a direcionar seu público para serviços e conteúdos confiáveis, ampliando o alcance sem perder a credibilidade.
No WhatsApp e outros aplicativos de mensagens, a comunicação é direta e pessoal. O cuidado com a privacidade, o sigilo e os limites profissionais deve ser absoluto, respeitando sempre o código de ética do seu conselho.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), entre outros órgãos reguladores, reforça que o profissional da saúde deve zelar pela confidencialidade, evitar autopromoção exagerada e jamais substituir atendimentos qualificados pelas redes sociais. Ética e legalidade são pilares inegociáveis no ambiente digital.
Como reforça Seth Godin, guru do marketing:
“Marketing é a arte de fazer mudanças. Se você pode fazer a diferença, tem a obrigação de tentar.”
No contexto da saúde, essa diferença se traduz em ser um canal seguro, responsável e acolhedor — onde seu conteúdo educa, empodera e transforma.
O uso consciente das redes sociais pode ser o diferencial que amplia sua autoridade e conecta você a mães e famílias que talvez nunca chegassem até seu atendimento. É a chance de transformar seu conhecimento técnico em um farol de informação confiável, empatia e apoio.
Por isso, é essencial que o profissional da saúde desenvolva não só o domínio técnico, mas também a capacidade de se comunicar digitalmente com ética e estratégia. Saber onde, como e o que postar pode ser um divisor de águas na sua carreira e no impacto que você quer gerar.
No nosso curso de Consultoria de Alta Performance em Aleitamento Materno, aprofundamos esses temas para que você atue com segurança, eficácia e autenticidade. Porque comunicar-se nas redes sociais não é só estar online — é estar verdadeiramente presente para quem precisa do seu cuidado.
Lembre-se das palavras de Simon Sinek, especialista em liderança e comunicação:
“As pessoas não compram o que você faz, elas compram o porquê você faz.”
Seu propósito, expresso com ética e verdade, é o que vai criar conexões reais e duradouras.
Use as redes sociais para brilhar, para cuidar, para ser a diferença que tantas mães esperam. Seu conhecimento merece ser visto e reconhecido. A transformação começa aí.
Por Eneida Souza – Especialista internacional em Aleitamento Materno pela UCLA-CA -enfermeira, doula, Terapeuta e Psicodramatista de casal e família, Autora de 2 livros, Essa é a Nossa Família.
